sábado, 3 de setembro de 2011

Heeeei, Goiâniaaa...

É incrível quando trabalhamos das 14:00 às 22:00 todos os dias da semana e não saímos às ruas da cidade em nossas folgas. E é isso que vem ocorrendo comigo há cerca de cinco meses, quase seis. Antes de começar a trabalhar, tinha o hábito de sair por aí "sapeando" de bicicleta, fazendo gratificantes passeios por Goiânia onde me exercitava e, ao mesmo tempo, prestigiava a cidade, seu movimento, novidades, trânsito e meio ambiente. Bom, tirando o trânsito que está beeeem difícil de prestigiar de uns anos pra cá, o resto era bem legal de se acompanhar. Goiânia tem uma frota de cerca de um carro por pessoa (apta a dirigir, ou seja, >18) e mais de uma moto pelo mesmo critério. E isso não é só estatística! Repare nos horários de pico na cidade, como dá para contar nos dedos quantos carros têm mais de uma pessoa dentro. É cada um no seu e pronto. E isso reflete no caos no trânsito goianiense e muito influi no sistema de transporte coletivo da capital, que já não é lá essas coisas. Mas não redigirei este texto desabafando sobre minha indignação para com os motoristas egocêntricos que enchem a boca para reclamar do nosso trânsito e transporte com três carros e duas motos na garagem. Redigi este texto (e até fugi um pouco do assunto) para falar de duas surpresas que tive quando, após cinco meses, indo de casa para o trabalho e vice-versa, sem saber o que se passava fora destes ambientes.
Resolvi, na minha folga desta semana, voltar aos velhos tempos e sair por aí sapear de bike quando lá pelas seis da tarde, dou de cara com uma fila de carros de quase quatro quarteirões. Bom.. Qualquer um que ler isto vai pensar "normal, né?". Não.. São mais de quatro quarteirões em uma avenida que fluía o trânsito facilmente cinco meses atrás. A avenida 83. Eu nunca pensei que veria aquilo. A fila partia do primeiro semáforo ligando-o à praça cívica. Ok.. O espaço é curto, normal ter uma fila dessas em quarto quarteirões, em horário de pico. Avancei mais um pouco e a cena se repetiu de semáforo em semáforo por toda a extensão da Avenida. Suas ruas paralelas apresentavam o mesmo problema e em todo o meu percurso Praça Cívica-Flamboyant Shopping-Shopping Bougainville vi a mesma cena. Dando ênfase para o que virou aquela Av. 85. Aquilo não é mais uma via. Virou "via de espera" já que ali nada flui. Goiânia está parada e ninguém faz/pode fazer nada. Implantar o sistema de rodízio só faria quem lota nossas ruas com carros de luxo comprarem outro com placa diferente.

A outra coisa que me surpreendeu foi caminho para o Bougainville, no setor Marista. Eu quem estou desinformado ou vocês também não sabiam que nossa antiga Alameda Ricardo
Paranhos virou, por iniciativa público-privada, "Alameda Bem-Estar"? É isso aí... Como o público local já utilizava aquela via para prática de cooper e corrida, resolveram construir ali uma academia pública e uma via bem feita e plana para corrida. A iluminação convidativa, bebedouros e equipamentos com tanta funcionalidade quanto os de uma academia comum. Fico triste e feliz com esse futuro cartão-postal goianiense: Feliz pela então concretização de um projeto que se arrasta há anos e triste por saber
que a prefeitura por si só não consegue realizar projetos de tamanha importância e simplicidade sem complicar ou dar uma fora como foi o caso do Novo Parque Mutirama (a montanha-russa superfaturada e usada há cerca de 30 anos, importada de uma empresa falida).

Já que mencionei o mutirama e o trânsito de Goiânia, que tal mencionar também o semáforo que, não sei porquê cargas d'água foi colocado ali no encontro da Avenida Contorno com a Rua 55 no centro?
Aquilo deixou o trânsito caótico, sem permitir que fluam bem as avenidas 68, Goiás e Paranaíba em horário de pico, sem falar nas ruas menores como a própria 55, causadora do problema. Aquelas ruas estreitas com carros estacionados às margens sempre geraram um trânsito chato e complicado em função de alunos que esperam transporte no Colégio Santo Agostinho. Por mais que o trânsito tenha pesado para a Av. Contorno (agora desvio da Av. Araguaia), julgo este semáforo super desnecessário. O trânsito pesou na Av. Contorno no sentido Independência e os carros provenientes desta ruazinha, em 90%, viram em sentido Av. Araguaia, sem nenhum problema. Não esperam muito. Mas com este semáforo ali, o trânsito local ficou completamente comprometido. Não descartando o problema que mencionei no início, quando "desabafei", acho que é um ponto a ser revisto pela AMT.

Dei uma passada pela Contorno esses dias e vi que a antiga montanha russa havia sido desmontada. Me parece que a pressão foi tanta que trouxeram outra. Essa deve ser nova. Preciso me informar. Pretendo trazer mais notícias boas para vocês em minhas futuras folgas, já que ultimamente, estas (folgas e notícias boas em Goiânia) estão sendo raras.

~>Aproveitem para conhecer a Alameda Bem Estar enquanto ela existe em perfeito estado, com consciência e responsabilidade!

~>Vamos deixar o carro em casa. Peguem suas bikes e usem! É o meio de transporte mais limpo e sustentável que existe. Você se exercita e poupa o meio ambiente!
~>Buzina não é brinquedo, nem empurra os carros da frente. Utilize com sabedoria e respeito ou, de preferência, não utilize! Ninguém que está de fora da sua "limusine" é obrigado a escutar buzina.

~>Se continuar optando por usar carro, lembre-se de priorizar passagem de veículos menores. Assim como os ônibus e caminhões se responsabilizam por carros, os carros se responsabilizam por motos, bicicletas e pedestres na ordem: Caminhões de grande porte > caminhões de porte médio > ônibus e caminhões de pequeno porte > vans > carros > motos > ciclistas > pedestres. Sempre do maior veículo para o menor.

~>Não invadam corredores exclusivos para ônibus! Eles têm prioridade porque transportam mais pessoas que seu carro.

~>Amarelo não é verde! Amarelou, parou! Nada de "dá pra passar". Essa história provoca acidentes e engarrafamentos.

Respeitando essas e outras regrinhas básicas de postura pública, conseguiremos trazer mais paz ao nosso trânsito.

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

"Qualquer miserável tem um carro"

Aonde é que nosso mundo vai parar? Já não era sem tempo de um filho da mãe desses (pra não dizer filho de outra coisa), vir falar baboseira na televisão. Acho que é porque a televisão já apresenta pouca baboseira todos os dias, precisamos de mais.
O autor da meleca dessa vez, foi Luiz Carlos Prates, comentarista da Globo de Santa Catarina. Segundo ele, a culpa pelo trânsito caótico e dos acidentes com vítimas nas estradas, é da população mais pobre. Leia o comentário na íntegra:

"É só isso, só isso. As pessoas saem absolutamente desatinadas por uma pressa que não se justifica por nenhuma razão. Eu andei ontem na BR 101. Nunca a tinha visto com tanto movimento nem em dias de semana. Ontem (domingo 14) era metade de um feriadão. Quem tinha de ter saído tinha saído, e ainda era muito cedo para voltar para casa. Mas o que é isso? Antes de mais nada, a popularização do automóvel. Hoje, qualquer miserável tem um carro. O sujeito jamais leu um livro, mora apertado em uma gaiola que hoje chamam de apartamento, não tem nenhuma qualidade de vida, mas tem um carro. E este camarada, casado, como não suporta a mulher nem a mulher suporta ele, sai, vão para a estrada. Vão se distrair, vão se divertir. E aí, inconscientemente, o cara quer compensar suas frustrações com excesso de velocidade. Tem cabimento o camarada não vencer a curva? Como se a curva fosse feita para vencer. Quando o camarada morre sozinho, problema dele. Mas e quando mata um inocente? Ontem, havia um acidente na estrada, no trecho norte da BR 101, eu vinha para Florianópolis, era do outro lado. Os caras paravam do lado em que eu vinha e atravessavam a pé para ver o que tinha acontecido. Com um movimento absolutamente incomum, se um desgraçado – e esta é a palavra – desgraçado é atropelada e feito um sanguinche na pista, o que é que vão dizer? "Este trânsito insano". Insano é o cara que para o carro, atravessa a BR para ver o que aconteceu com a outra pessoa. Então, é isso, estultícia, falta de respeito, frustração, casais que não se toleram, popularização do automóvel – resultado deste governo espúrio que popularizou, pelo crédito fácil, o carro para quem nunca tinha lido um livro. É isso."

Então, vamos aos MEUS comentários. Antes de tudo, gostaria de deixar claro que, se tudo acima for verdade, o "miserável" não terá condições de comprar mais de um carro, correto? Então, um cara como esse que ganha dinheiro aos montes falando merda, provavelmente tem mais de um carro. Não interessa o tipo, meu caro. Popular ou não, qualquer carro enche as ruas e causa acidentes. Depois que o super comentarista Luiz, não deve ter um cisco de conhecimento sobre quem causa os acidentes. Provavelmente, o filhinho desempregado que ele sustenta ou que trabalha por Q.I., sem nenhum mérito, andou tomando umas e outras e atropelou alguém. Mas quem precisa ficar sabendo num país onde se compra a justiça?
Também devo pautar que o senhor comentarista deveria respeitar o modo de viver de um casal de classe média baixa ou baixa, afinal, as pessoas de classe média alta ou alta, trocam de esposa/marido como trocam de roupa. E, se não troca na frente de todos, troca nos bordéis da vida.

A sua conduta, miserável e desprezível Luiz Carlos Prates, é de um bandido. Sim. De um bandido porque como um camarada mata um numa curva, o senhor matou uma classe social em sua região e, em pouco tempo, no Brasil. Acontece, que essa classe social também é gente, também tem direitos e também paga impostos. Que nem o senhor (ou não, porque sabe-se lá o que o senhor não sonega). A sua conduta nesses comentários ridículos e ignoráveis podem ser alvo de movimentos de causas na justiça e o senhor (se não comprar a polícia) pode ir preso. Não peço nada além de RESPEITO. Pelo senhor, o respeito já era. Mas, como homem de televisão, respeite. Afinal, quem tem mais de um carro na garagem, não somos nós, os "miseráveis" e, sim, você, o desprezível. Isso tudo, é INVEJA, porque você não consegue entender como alguém de uma classe abaixo da sua, pode ter o mesmo que você. Para mim e para toda a maioria neste país, o senhor não passa de um qualquer que não faria falta pra ninguém, porque não fala nada que presta, tem opiniões ultrapassadas e que deveria estar ou desempregado, dentro de um carro popular com seus problemas com a esposa ou na cadeia, por fazer comentários espúrios como os seus. Vá ler um livro, ao invés de fazer o que faz. Se o senhor souber o que é um livro, claro. O que sentimos do senhor não é nada mais, nada menos que NOJO.
É isso.

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

II Fórum de Transportes e Trânsito

Aconteceu ontem, dia 03/11, a abertura do 2º Fórum de Transportes e Trânsito que acontece no prédio do Sistema FIEG, na Avenida Aragauaia, promovido pelo IFG (Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Goiás). O tema deste ano é "O Transporte terrestre e syas aplicações na atualidade". O evento vai até amanhã, dia 05/11.
Um dos assuntos pautados ontem foi "Mobilidade no Trânsito", puxando um pouco para o lado da infra-estrutura das vias de tráfego de Goiânia, como rampas para cadeirantes e ciclovias ou ciclofaixas para ciclistas, bicicletários entre outros. Este assunto foi apresentado pela Dr.ª Erica Cristina, representando o Instituto das Cidades.

O segundo assunto foi "Perspectivas para uma mobilidade urbana
sustentável em Goiânia". Assunto que englobou também "Mobilidade no Trânsito", educação no trânsito, fiscalização entre outros assuntos. Este, foi apresentado por Antenor José Pinheiro dos Santos, ex superintendente municipal de trânsito em Goiânia e atual Perito Criminal de Classe Especial da Superintendência da Polícia Técnico-Científica da SSP/GO.

O meu objetivo aqui é acentuar alguns pontos importantes, fazer algumas observações e emitir opiniões minhas sobre alguns pontos que foram tocados ontem, no Fórum.
O primeiro ponto, é sobre o crescimento desordenado em Goiânia, que acarreta direto ou indiretamente o aumento na frota de veículos em Goiânia. Erica comentou que escolas, faculdades, shoppings em Goiânia, por exemplo, atrapalham o fluxo nas vias. Não discordando, devo complementar que infelizmente, parques também fazem isso! Mas por que estou falando de parques? Porque parques (e estou chamando atenção para o Parque Flamboyant) estão sendo construídos para o lazer das pessoas, saúde (caminhada, ciclismo), etc. Certo? Nem tanto. O Parque Flamboyant (agora chamarei de PF), antes Goiânia Tênis Clube foi passado ao poder público por conter áreas de preservação ambiental como a nascente do córrego Sumidouro que não estava sendo bem cuidada. O Parque Natural Municipal Lourival Louza (ou Flamboyant), carrega o nome do Shopping que se encontra ali perto.
O Shopping Flamboyant, por sua vez, em 2001 criou a "Flamboyant Urbanismo" e ficou à espreita. Entre 2001 e 2002 já havia lançado o Condomínio Alphaville Flamboyant. Depois que o PF foi construído, não demorou muito para que a F. Urbanismo passasse a fazer milhões de parcerias com construtoras que levantaram prédios em velocidades descomunais.
Hoje, o PF deixa sua máscara cair e mostra uma outra realidade da de "Lazer, diversão e saúde": Dinheiro, caos (no trânsito) e principalmente, poluição visual em detrimento aos vários condomínios verticais foram construídos e que ainda estão sendo. O que as autoridades estão fazendo ou estão pensando em fazer para controlar esse problema iminente que já apresenta sintomas em algumas vias próximas, como as do setor sul.

Outro ponto tocado, dessa vez pelo Perito Antenor Pinheiro, foi o da Educação no Trânsito. Ele comentou coisas que estão acontecendo com frequencia ascendente em Goiânia: Pessoas que jogam lixo/objetos propositalmente pela janela dos carros e os bonitos que param a metros do sinal para ficar à sombra. Geentee!! Vamos acordar pra vida! Condutores de Goiânia, pelo amor de Deus. Vocês acham que estão em que mundo? No mundo de vocês? Onde vocês são os donos? Tem mais gente morando nesse mundo e o que você faz, interfere na vida de outras pessoas. Além de infringir o Código Brasileiro de Trânsito, essa atitude é considerada um problema socio-ambiental.
Pessoas que não foram educadas corretamente e não poderiam estar dirigindo. Pessoas que não pensam que aquele objeto lançado para fora pode causar um acidente ou entupir bueiros. Mas isso acontece porque não há fiscalização. Sorte desse povo que eu ainda não sou autoridade nas ruas.

No fim das contas, o recado é o seguinte: Tudo que acontece nesse mundo, parte de nós, não das autoridades. Embora as autoridades detêm o poder, nós somos maioria. E, se cada um fizer a sua parte, passar a ser educados e respeitar o meio ambiente e o trânsito, o mundo será melhor. Começar a ser consciente quanto ao meio de transporte, também ajuda muito! Um carro por pessoa não é ajudar. Dar carona às pessoas da sua escola, sim, é ajudar. Usar bicicletas, é ajudar. Andar de ônibus (e desobstruir as ruas pra que o transporte funcione) é ajudar.

Às autoridades cabem tomar medidas como:
-Valorizar e incentivar o transporte coletivo;
-Compatibilizar a infra-estrutura da cidade com o transporte público;
-Circulação viária e sinalização priorizando o transporte coletivo;
-Estrutura qualificada para pedestres e ciclistas;
-Projetar ciclovias e ciclofaixas nas vias;
-Integrar modais de transporte;
-Regulamentar estacionamentos (com parquímetros) e aumentar tarifas de área azul;
-Aumentar (ao invés de diminuir) impostos como IPVA;
-Fiscalização permanente e ostensiva.

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Brincando de agente da AMT

Sabe quando as pessoas dizem que o melhor trabalho é aquele cujo não trabalhamos, e sim, brincamos? Bom é trabalhar num lugar aonde você nunca irá se sentir cansado, porque é daquilo que você gosta.

Pra quem não sabe, em 2008 eu comecei a cursar no atual IFG (antigo CEFET), um curso técnico em Trânsito. Acabei desistindo porque na época eu tava super animado com assuntos ambientais e a escola abriu para 2009, curso técnico em Controle Ambiental. Prestei, passei e estou nele até hoje. Mas nem por isso, esqueci de Trânsito. Ainda tenho amigos naquela turma e, como vivo andando de bicicleta e até mesmo à pé por aí, não me passa despercebido as infrações que cometem os motoristas e acabam impunes. Então, minha paixão por trânsito e, consequentemente, fiscalização no trânsito se mostra bem visível até hoje. Estou sempre puxando a orelha de motorista irresponsável. Ando sempre com meu apito no bolso e, vez ou outra, com meu uniforme do curso de trânsito que é confundido com o da AMT (Agência Municipal de Trânsito), até mesmo pelos agentes que vivem me perguntando se sou novato.

Ok.. Depois da introdução, vamos ao assunto em pauta. Ontem em Goiânia, aconteceu um incêndio na Avenida Goiás com a rua 3, no Centro. Goiânia parou. Não era incêndio simples. Era um incêndio grave, de alta proporção e, claro, chamou a atenção das pessoas no centro. As pessoas lotaram a avenida Goiás, impossibilitando passagem de veículos (carros, ônibus, motos). Coincidentemente, eu estava vestido com o uniforme de trânsito e resolvi liberar a pista para os ônibus passarem. Não deu certo. Subi a Goiás rumo a praça cívica e arrumei serviço: Ajudar a própria AMT.

-Flashback-
Outro dia, num congestionamento na Pça do Cruzeiro, eu mesmo chamei a AMT para avaliar a situação e apontar uma solução. Apareceu uma equipe uns 30 minutos depois. uma equipe bem reduzida. Perguntei a um deles se precisavam de ajuda (nas mesmas circunstâncias do incêndio) e me disseram que não, pois deveriam conversar com o inspetor.

-Voltando-
Eram tantas ruas e avenidas afetadas pelo desvio de trânsito da Av. Goiás, que a AMT estava tendo dificuldade em controlar o fluxo de veículos. Então, fecharam logo na praça cívica qualquer acesso à Goiás e, posteriormente, liberaram para acesso local. Então, meu trabalho, legalizado pela AMT (agentes, supervisores e inspetor), era o de desviar o trânsito da Goiás para a Rua 1 e impedir que os veículos da 1 descessem a Goiás, só liberando imprensa, bombeiros, polícia e moradores locais. Usei meu apito, o uniforme e fiquei assim das 13:00 às 17:30.

O que eu queria dizer com isso tudo, é que chegava agente, saía agente e percebia que alguns deles se fazia perceber cansado, estressado, querendo ir embora ou coisa do tipo. Eu não
. Não quero comparar a reação deles com a minha. Só queria dizer que a minha disposição para fazer o que eu eu estava fazendo, era total. Não me senti cansado, não me senti estressado. Era como se o que eu estivesse fazendo fosse uma brincadeira. É um trabalho muito sério, mas para mim, muito divertido. Tirando o fato de que o barulho do apito seja ensurdecedor porque o som é constante. Me senti bem e quero continuar a fazer isso sempre. Tô de olho no próximo concurso da AMT. Deve demorar porque saiu um há pouco tempo. Mas enfim, estamos aí.

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Impacto pós eleições

Como sempre, o candidato se esqueceu de suas próprias promessas quanto ao meio ambiente (principalmente), além de ética e respeito à sociedade, à sua própria cidade. Como em todas as eleições, os famosos "santinhos" foram despejados sobre as ruas de Goiânia, sem dó nem piedade. Sem pudor algum. Após as 17:00h, podia-se ver por todos os lados da cidade, verdadeiros tapetes de papel e plástico (adesivos). Sobra pra quem? Para os esquecidos garis. É uma falta de respeito ao trabalho deles, que, por sinal, já ganham tão pouco para fazer um trabalho que, diga-se de passagem, é um dos mais importantes numa cidade bem organizada.

Porquê
acontece?
A re
sposta é simples. Em mais uma tentativa desrespeitosa por parte dos candidatos, eles pensam que os eleitores andam olhando para baixo. Só pode! A estratégia é que, se até a hora do voto o eleitor não tiver em quem votar, que pegue um desses no chão e decida ali mesmo. E o pior de tudo é que muita gente vence as eleições fazendo isso! Falta de responsabilidade por parte do eleitor que, ao invés de prestar atenção nas ditas "tortuosas horas políticas gratuitas" na TV e rádio, não o faz. Chega na hora de votar, ainda nem sabe em quem. Concluindo, acontece porque acaba funcionando.


E depois?

Isso aí... E depois? Depois sobra pros garis! Luciano de Castro, presidente da COMURG (Companhia de Urbanização de Goiânia), calcula que 140 mil Kg de rejeitos ficaram em via pública. “Esse lixo é o maior crime eleitoral, ambiental, contra a postura e, principalmente, contra os trabalhadores da limpeza urbana”, diz Castro. Sem contar que o lixo eleitoral não pode ser reciclado devido a sua mistura com poeira e chuva. A Comurg calcula que o volume dobrou em relação à eleição anterior.


Consequências do depois:

As consequências são as piores possíveis. Quando vi a quantidade, logo pensei em chuva. Depois de muito tempo de seca/estiagem em Goiânia, a chuva chegou e chegou imprevisível. Qualquer hora é hora de chuva (como sempre foi). Se cai uma chuva muito forte, como fazer com os rios, como o Meia Ponte que, se me recordo, já está imundo de barro, CO2 e outros derivados de poluição goianiense (e goiana, porquê não?), que foram trazidos pela chuva (pH 4,5)? Estariam cheios de santinhos? Não! Não porque as bocas de lobo/bueiros e encanações estariam obstruídas por eles. Logo, não sobraria pros rios e sim, para as pessoas. E aconteceu! Longe de mim, mas aconteceu. Segundo um amigo meu, no setor Finsocial, região noroeste de Goiânia, choveu e inundou, sim! Porque as bocas de lobo de lá não possuem trituradores de lixo. Nós pagamos por esses estragos. Alagamentos inundam casas e matam pessoas.


Qual a punição?

Nunhuma cabível! O candidato envolvido pode ser processado e está sujeito a multa. Proponho que ele e todo o comitê responsável, limpe as ruas. Sugiro que a Comurg cruze os braços e finja que nada está acontecendo e quero ver a quem culparão. Se isso não for possível, que eles sejam convidados a renunciar ao cargo e/ou terem seus mandatos cassados.


A COMURG comuinicou à imprensa que convocou 4 mil trabalhadores para terminar de limpar a sujeirada, provinda de vandalismo político-eleitoral amanhã. Tenhamos consciência e não votemos em candidatos que façam isso! Não sabe em quem votar? Vote nulo (000).


Referência: Diário da Manhã (www.dmonline.com.br)
Obs.: As fotos não são das ruas de Goiânia.

domingo, 26 de setembro de 2010

Eu voto no Vanderlan


Criei esse post pra mostrar pros meus leitores de Goiás, porquê meu voto é do Vanderlan e tentar abrir os olhos destes meus leitores para a realidade.
Mas, antes de tudo, gostaria de falar dos meus motivos em NÃO votar em Iris Rezende (PMDB) e Marconi Perillo (PSDB).

Vamos começar pelo mais sujo, Marconi Perillo:
Só pra começar, Marconi Perillo responde, hoje no Supremo Tribunal Federal por improbidade administrativa e formação de quadrilha. Prontos? Então, lá vamos..
Esses dias, ouvindo o estressante programa 45 (o programa eleitoral de Marconi), no rádio, ouvi dizeres de que Marconi é contra todo e qualquer tipo de "panela" e apontou váários candidatos peemedebistas como "paneleiros". Iris esposo de Dona Iris, fulano filho de fulano, ciclano sobrinho de ciclano, mas esqueceu de falar de si mesmo, claro. Marconi, PRIMO de uma figurinha muito importante nesse post.
Marconi é primo de Marcelo Reis Perillo, um dos sócios da Hospfar Indústria e Comércio de Produtos Hospitalares LTDA. E daí? E daí que a empresa em questão foi acusada pelo Ministério Público Federal por improbidade administrativa por suposto superfaturamento na venda de medicamentos. Tá.. E o Marconi com isso? O Marconi, então eleito, por algum motivo de força maior, tinha que comprar para a Secretaria Estadual de Saúde, produtos da Hospfar.
Naqueles anos, a SES favoreceu determinada empresa fornecedora de medicamento, no caso, a Hospfar, adquirindo desta, produtos por preço superior ao praticado pelo mercado. Nessa irregularidade, o estado de Goiás pagou por produtos com preço superfaturado até 2,065%. gerando custo adicional ao poder público estimado em mais de R$1,4 milhão. A dispensa e inexigibilidade indevidas de licitação, assim como a aquisição de produtos por preço superfaturado, violam normas constitucionais e a Lei nº 8.666/93, importando em flagrante prejuízo ao erário (tesouro do Governo).
O empresário Moisés de Oliveira Neto, um dos sócios da Hospfar, também amigo e sóc
io de Marcelo Perillo, é dono da Linknet, apontada pela PF na operação Caixa de Pandora, como
uma das principais suspeitas de alimentar o mensalão do DEM (democratas), em Brasília, que levou à prisão e à cassação do ex-governador José Roberto Arruda, amigo de Marconi, com quem andava à torto e à direita, concedendo cheques gordos às prefeituras goianas na região do entorno.
A imprensa nacional justifica que a verdade sobre Marconi Perillo não aparece nos principais jornais goianos porque estes dependiam do dinheiro público que o senador despejava em publicidade quando governador. Os veículos de informação de Goiás, sequer informam que Marconi Perillo é réu no STF, onde responde por improbidade administrativa e formação de quadrilha. A empresa do primo do senador, com sede em Goiânia, também responde a processos em MT, pelo mesmo crime: superfaturamento de preços e participação em licitações fraudulentas.
Os documentos e denúncias em âmbito nacional chegam em má hora, uma vez que acrescentam ainda mais lenha à questão do endividamento da CELG (Centrais Elétricas de Goiás). Afinal, o senador é tido como principal responsável pelo endividamento e posterior quebra da estatal goiana. Sem contar com compra de votos. Várias fontes me informaram que Marconi anda pagando R$ 1.500,00 a motoristas que aceitam plotar seus carros e participar veemente de suas carreatas...
Marconi, também em seu horário no rádio, andou dizendo que Iris supostamente o apontou como "desnaturado" com sua família, em sua cidade natal ,
Palmeiras de Goiás. Quem não mora lá e
sente um orgulho inexplicável pelo senador, percebe as falcatruas e injustiças praticadas com aquele povo, por baixo dos panos. E, qualquer forma de repreensão de Marconi daquela cidade, é vista como afronta. Marconi induziu a cidade a votar em seu atual prefeito, Alberane Marques, tal qual não faz nada pela cidade. Marconi nada fez para impedir e, siplesmente, não vai fazer. Nessas eleições, Palmeiras de Goiás apoia em peso o candidato. E ai de quem se contrariar. Alberane anda cortando ponto e comissão de quem não apoia seus candidatos. Sim, isso é uma denúncia séria! E não é novidade não.. Em Trindade-GO, isso já é um realidade escancarada. Resumindo, Marconi virou as costas ao seu povo e seu povo ainda não se deu conta disso..

Iris Rezende (ex-prefeito de Goiânia)...
Iris tem fama de bom governador, mas também tem fama de ladrão. Na verdade, tem fama de ladrão-bom governador, por isso, o elegem. Se a política é uma ladroagem só, vamos eleger quem é ladrão mas faz alguma coisa. Também falando de fama, seu governo é conhecido como o "Governo do Asfalto". E realmente o é. O governo Iris se preocupa muito com a infra-estrutura da cidade. Construiu viadutos, vias, asfalto, monumentos, revitalizou muita coisa, criou novos parques, mas deixa a desejar.
O Mutirama, parque de diversões municipal de Goiânia, por exemplo, está largado à traças. Há quem diz que, quando ele está aberto, oferece risco à saúde das crianças por conter brinquedos velhos e deteriorados. Em suma, eu estou relativamente satisfeito com seu trabalho e até pensaria em elegê-lo governador, se ele, ao se canditadar a prefeito, não tivesse prometido não renunciar ao cargo de prefeito mais tarde para se candidatar ao governo. Dito e feito. Renunciou ao cargo e tá aí, no pleito, competindo ao governo de Goiás.
Segundo o ex-prefeito, ele tomou a decisão pois não poderia deixar de atender ao clamor popular (?) pela sua candidatura. "Eu estaria negando tudo o que preguei e decepcionando pessoas se eu disesse não. É por isso que me atiro nessa luta", disse, emocionado. Conta outra, Iris.

Vanderlan Cardoso
Dos três principais governadoriáveis, Vanderlan Cardoso é o mais limpo e o que mais merece meu voto.
Vanderlan foi prefeito de Senador Canedo e, quem conheceu Senador Canedo antes de Vanderlan, percebe a diferença hoje. Ele é empresário, dono da empresa
CICOPAL que, ao contrário da Hospfar, não tem rolo com polícia/justiça. Muito pelo contrário. Conheço o trabalho dele. Minha mãe, por exemplo, trabalhou num restaurante industrial que serve comida à CICOPAL e a Prefeitura de Senador Canedo. Nunca houve problemas com pagamentos, por exemplo, tanto que esse acordo entre a Prefeitura e o restaurante, é firmado até hoje, há uns 5 anos, desde que o dono do restaurante ganhou a licitação para serví-los.
Como prefeito, recebeu vários prêmios e honrarias, entre eles o de Prefeito Providencialmente Responsável (concedido pela Associação Goiana de Previdência dos Estados e Municípios); o Troféu do Mérito Municipalista – Destaque em Gestão de Saúde (concedido pela Associação Brasileira de Municípios); e o Prêmio CNM de Responsabilidade Fiscal, Social e de Gestão (concedido pela Confederação Nacional dos Municípios). Vanderlan se candidatou e foi eleito. Foi reconduzido ao cargo com mais de 80% dos votos válidos, um gesto de reconhecimento da população ao seu trabalho como administrador público.
Vanderlan tem propostas "pé no chão", o que caracteriza sua campanha. Ele não faz promessas mirabolantes só pra conseguir votos. Não promete o que não pode cumprir. O que não está ao seu alcance. Seu plano de governo, que envolve propostas em várias áreas, como a qualidade de vida para a população, capital humano e inovação, empreendorismo, negócios e investimentos, infraestrutura, SUSTENTABILIDADE, saúde, segurança e educação.

Por falar em Segurança, seu vice, Ernersto Roller, ex-secretário de segurança pública
de Goiás, realizou constante trabalho visando o combate à criminalidade, como a bem sucedida “Operação Legalidade”, que contribuiu para a redução dos índices de criminalidade em todo o Estado. Atuou fortemente, ainda, visando aproximação da polícia com a comunidade, apoiando programas como o Programa Educacional de Resistência às Drogas e Violência (Proerd), Escola Sem Drogas e Bombeiros Mirins, além de grande incentivo ao projeto da Polícia Comunitária. Ernesto Roller é um dos maiores nomes no cenário político goiano. Um homem jovem, dinâmico, trabalhador e, sobretudo, humano.

"Agora é o PSTU..." kkkkkk' Tá.. A chamada do PSTU é essa no rádio/TV e eu acho engraçado, tipo "Chega que agora é a gente". Bom.. O PSTU anda dando tiro pra todo lado, assim como o Marconi (em quem acertar, é vantagem). Esses dias, na TV, vi um comercial político deles dizendo que Vanderlan escondia a suposta posição de padrinho político de Alcides Rodrigues. No fim, a mensagem "Goiás merece mais 4 anos de Alcides?" Se merece, eu não sei. O que eu sei, é que vamos eleger Vanderlan e não Alcides. 4 anos de Vanderlan é melhor que 4 anos de Marconi. Se Alcides apoia Vanderlan, coisa boa, Marconi (seu ex-padrinho político) não fez/faz.

Fontes: Revista Referência Goiás, Jornal Estado de São Paulo, Agência Estado, Jornal da Tarde, MPF-GO, CGU, STF, www.portal730.com.br, www.vanderlan22.com.br, www.ernestoroller.com.br e testemunhas.

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

E o Teatro Goiânia? Que nada.. Olha o Santo Agostinho aí..

O Teatro Goiânia foi inaugurado em 12 de junho de 1942 e era pra ser o mais tradicional espaço cultural de Goiânia. Integra o conjunto arquitetônico do projeto da cidade. Trata-se do estilo Art decó do arquiteto Jorge Félix. Sua construção teve início em 1940, e foi concluída em 1942. Além de sua importância histórica, o teatro, na atualidade, era pra ser um dos principais espaços de apresentação de dança, teatro e música erudita e popular da cidade.
O Teatro Goiânia foi um dos primeiros prédios da nova capital. Com capacidade para 850 pessoas, localizado na avenida Anhanguera com a Tocantins, Centro, no plano original da cidade.

Acontece que inventaram moda.. A AGEPEL (Agência Goiana de Cultura) resolveu reformar e fazer uma reestruturação histórica do Teatro Goiânia. A obra compreende a instalação de um elevador de palco, substituição das poltronas, cobertura, ar-condicionado e sistemas de iluminação e som, investimentos de R$ 2,3 milhões. Desde Outubro do ano passado, permanece em reforma. Numa placa localizada à frente da entrada do teatro, é anunciada uma data prevista para a entrega do Teatro: 21/07/2010. Ahn?? 21/07? Hoje são 10/09!
O diretor de obras da Agepel conta que houve atraso no fornecimento do elevador de palco e a reforma do forro do teatro demandou mais tempo do que o previsto. Ele diz ainda que há possibilidade de um novo pedido de aditivo de prazo em virtude de um problema com o fornecimento do carpete que revestirá o piso do teatro. No Jornal "Diário da Manhã", dataram a previsão adiada para o mês de Outubro. Já no site da AGEPEL, dataram em Novembro.

Enquanto esperamos o Teatro Goiânia ficar pronto, saiu na frente o Colégio Santo Agostinho,
localizado na rua 55, no Centro. Para quem não conhece, é um Colégio de Alfabetização, Ensino Fundamental e Médio, que faz parte da rede Católica de Ensino, ligada à PUC-GO. O CSA tem 71 anos de existência e tornou-se referência de educação no Centro-Oeste. Enfim.. Chega de propaganda...O Colégio Santo Agostinho conseguiu, em cerca de seis meses, erguer o mais moderno e, me arrisco em dizer o melhor teatro de Goiânia, o Teatro Madre Esperança Garrido. Construído dentro dos mais modernos padrões das salas de espetáculos, o novo teatro tem 785 lugares, plateias inferior e superior, poltronas para portadores de necessidades e obesos, rampas e elevador para acessibilidade. O estacionamento comporta 70 veículos. Há camarins masculino e feminino e foyer (bomboniere, bilheteria, banheiros). O palco com 10m x 15m tem as dimensões exatas para receber grandes produções.

É importante enfatizar que, graças à reforma do teatro Goiânia, muitas peças programadas para se apresentarem em Goiânia, foram desviadas para outras cidades próximas ou canceladas. Isso se dá ao observarmos o que necessitam as produções artísticas, que se encaixavam perfeitamente ao perfil do Teatro Goiânia. Depois da inauguração do Teatro do CSA, peças famosas e importantes, foram realizadas ali. Desde peças infantis a Stand-Ups.

Não podendo esquecer de mencionar rapidamente o Teatro-Escola Basileu França, o maior da categoria no país. Conta com 749 lugares, espaço para 20 cadeirantes, palco italiano, fosso para orquestra com capacidade para 80 músicos e palco de 170 m² por 8 de altura, cenotecnica de última geração e ainda, uma galeria montada na entrada do Teatro.

O Teatro do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia, já é outra história que nem prefiro comentar. Pra quem não sabe o porque, ele está em reforma há mais de três anos e não há, até hoje, data confiável para a entrega do mesmo. O Centro Cultural Oscar Niemeyer, também entra em outra história, já que o Governo de Goiás já o deixou de lado..